Estadual

Publicada em 14/09/20 às 09:14h - 226 visualizações
Na contramão da crise, Juruaia segue com vagas de trabalho no setor de moda íntima
Economia da cidade manteve crescimento e novas contratações mesmo durante a pandemia de coronavírus.

G1 Sul de Minas

 (Foto: G1 Sul De Minas)

A pequena Juruaia (MG) tem pouco mais de 10 mil habitantes, mas apresenta

 números altos da produção de peças íntimas e vestuário. 

Isso mostra que a cidade está a pleno vapor mesmo durante a pandemia 

de coronavírus. Os comerciantes afirmam que tem faltado mão de obra 

qualificada e que sobram postos de trabalho no município.

Segundo a Associação Comercial e Industrial de Juruaia (Aciju), em média,

 a cidade fabrica 20 milhões de peças por ano e movimenta 15 milhões 

por mês em faturamento bruto. Tanto vigor tem espantado o desemprego.


“Falta mão de obra qualificada e para qualificar. Está difícil encontrar 
pessoas dispostas a aprender o ofício da costura”, 
observou o presidente da Aciju José Antônio Silva.

Ele afirma que 5 mil pessoas trabalham direta e indiretamente no processo

 de fabricação e comercialização das peças na cidade. 

Os dados levantados pela associação comercial incluem autônomos 

e facções terceirizadas. “As facções são pequenas oficinas dentro do 

âmbito familiar com cinco ou seis pessoas que produzem a lingerie 

dentro ou até na garagem de casa, na cidade ou na zona rural”, explicou.


José garante que quem mora em Juruaia pode trabalhar com as confecções,

 cafeicultura ou serviços. “Quem mora em Juruaia não trabalha se não quiser. 

Aqui o emprego é abundante”, disse.

Além dos moradores, Juruaia também oferece emprego nos arredores 

do município, numa área de 35 km de raio. Segundo a Aciju, 100% da 

mão de obra aproveitada nas confecções vêm de Guaxupé (MG), 

Muzambinho (MG), Nova Resende (MG), São Pedro da União (MG), 

Bom Jesus da Penha (MG), Guaranésia (MG) e Monte Belo (MG).

Um exemplo é o de Daiane Cruvinel Bonfim que trabalha há quase 

um ano como consultora de vendas de uma loja de lingerie, 

moda praia e fitness e mora em Guaxupé. Todos os dias ela vai e volta 

de ônibus e percorre 20 km. “Acordo às 5hs da manhã de segunda a sexta-feira. 

Tomo o ônibus e chego em Juruaia às 6 e meia após uma hora de viagem. 

E retorno a Guaxupé por volta de 18hs”, disse.

Acostumada com a correria da região metropolitana de São Paulo (SP), 

ela foi morar em Guaxupé há sete anos e garante que essa rotina é tranquila. 

“Eu pegava três ônibus em São Paulo e aqui eu pego só um na porta de 

]casa e acho bem tranquilo”, comparou.

Salário melhor

A consultora de vendas contou também que os ganhos em Juruaia 

são melhores. “Emprego em Guaxupé quase não tem. 

Já Juruaia têm mais opções e a remuneração também é muito boa.

 O salário-base é o mesmo, porém, aqui tem a porcentagem nas 

comissões nas vendas que aumenta a remuneração”, contou.

Uma das gerentes da loja que Daiane trabalha, Miryan Iorio, afirma 

que foram feitas contratações para atender as demandas da Festlingerie,

 feira de moda íntima que acontece no mês de setembro.

 “Quando as consultoras voltaram do home-office os pedidos 

aumentaram e vimos que não conseguíamos mais atender 

a demanda que chegava. Contratamos mais pessoas de 

Juruaia e Guaxupé”, afirmou.


Um caso parecido é o relato da empresária Maria Helena Avelar

 que possui uma loja de lingerie, linha noite e pijamas. 

Ela afirma que após o período crítico da pandemia,

 os pedidos voltaram com tudo. “As vendas aumentaram

 automaticamente e tivemos que contratar mais colaboradores. 

Então chamamos mais quatro pessoas para a produção, 

mais dois para vendas e três nas facções”, contou.

Dificuldade

Para José Antônio uma das dificuldades que os empresários de 

Juruaia tem encontrado é a falta de mão de obra especializada na produção.

 “A costura de lingerie é bastante minuciosa.

 Mesmo uma costureira que tem experiência em outro tipo de vestuário

 ela vai encontrar uma certa dificuldade para se adaptar a fabricação 

de moda intima por conta da delicadeza das peças.

 É um produto muito especial”, observou.

A empresária Maria Helena diz que os empregadores precisam contratar, 

mas a maioria dos candidatos não tem prática. 

“Na parte de vendas buscamos quem tem experiência. 

Na produção é bem mais difícil porque os candidatos têm uma 

noção muito básica de costura. Em épocas mais tranquilas, 

contratamos e treinamos para nossa realidade. 

Nesse momento precisamos contratar, porém as pessoas 

não tem prática. Tudo isso torna o processo bem complicado”, relatou.


Cursos

Uma forma encontrada de contornar essas dificuldades é a oferta 

de cursos específicos. A própria Aciju, a prefeitura e até o Serviço

 Nacional da Indústria (Sesi) tem suprido essa demanda.

“O principal déficit é em relação às costureiras. 

Uma mão de obra específica. Nesse ponto, os cursos ajudam muito”,

 contou José Antônio. Ainda sobre a oferta de mão de obra ele

 garante que os cursos também são uma oportunidade.

“Aqueles alunos que realmente se dedicam ao curso, 
participam de todas as aulas e realmente aprendem 
o ofício vão sair empregados”, apostou.

Ainda, segundo ele, todas as empresas que participam do Festlingerie 

estão contratando colaboradores. Segundo a analista do Sebrae Minas,

 Lucilene Pessoni de Moura, é feito um trabalho de disseminação 

de conhecimento para mostrar a importância de realizar uma boa

 gestão nas empresas. “Compreender a gestão de negócios 

e evoluir em suas habilidades pode ser a peça que aproxima 

dos objetivos estabelecidos por uma empresa. Nesse sentido, 

aprender sobre gestão de negócios é fundamental para prepará-lo

 melhor para o que o mercado vem reservando”, disse.


E continuou. “A qualificação da mão de obra é o processo pelo

 qual o trabalhador ganha uma determinada experiência e habilidade

 na produção e na prática de determinada atividade. 

Estabelecer metas e responsabilidades, 

ter um bom planejamento é essencial para melhorar o controle 

e o trabalho dos profissionais. Porém, é preciso sempre buscar

 por formas e métodos e para isso a gestão do negócio

 é essencial para conseguir esses resultados”.





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